quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vitórias do FÓRUM HUAC DEBATENDO A EBSERH


Nos dias 28 e 29 de maio de 2012 aconteceu no auditório da FIEP, em Campina Grande-PB, o FÓRUM HUAC DEBATENDO A EBSERH. Esse evento contou com a presença de toda Campina Grande representada por estudantes, docentes, servidores, sindicalistas, representantes de movimentos sociais, representantes do Conselho Municipal de Saúde etc. e teve o intuito de informar e discutir sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, proposta do Governo para administração dos Hospitais Universitários.
No primeiro dia, foi apresentada, pela Prof. Dra. Berenice Ramos, a atual situação do Hospital Universitário Alcides Carneiro, que atualmente possui um déficit de 154 servidores regularmente contratados.
A mesa inicial do segundo dia contou com a presença de dois representantes da FASUBRA fazendo falas contrárias a EBSERH e o Diretor do Hospital Universitário Lauro Wanderley, que abordou as principais dificuldades de gestão encontradas hoje nos hospitais universitários. Vale salientar que foram convidados representantes da EBSERH para defender a proposta, mas estes recusaram o convite alegando falta de tempo.
Após a mesa, iniciaram-se três blocos de intervenções da plenária, que enriqueceram ainda mais o debate. Foram abordados aspectos desde a atual precarização da saúde e da educação até a mudança de vínculo empregatício que a EBSERH acarretará.     
À tarde aconteceram os Grupos de Discussão e Trabalho (GDTs), nos quais os participantes do evento puderam se colocar mais livremente abordando a influência da EBSERH sobre a assistência, o ensino, a pesquisa e a extensão.
Na plenária final, foram colocadas as relatorias dos GDTs e levantados os principais pontos negativos e positivos da adesão a EBSERH. Ao final, observou-se a predominância de malefícios que a EBSERH pode causar ao HUAC, à Universidade, estudantes, docentes, servidores e população, entre eles a precarização da assistência, a lógica de mercado aplicado ao SUS, autonomia universitária prejudicada, prejuízo na qualidade de atendimento à população, precarização de vínculo trabalhista, diminuição do controle social, falta de mecanismos de controle que possam dificultar fraudes em processos licitatórios, pesquisa e extensão desvinculadas das reais necessidades da população, parceria público privadas, rotatividade de servidores etc.
A plenária analisou que estes problemas são frutos principalmente do atual contexto em que a EBSERH se insere, o neoliberalismo, com a aparição de modelo privatizantes da administração do SUS como as Fundações Estatais de Direito Privado e as Organizações Sociais.
Por fim, foram tirados os seguintes encaminhamentos:
1.       Levar ao Colegiado Pleno da UFCG as discussões levantadas durante a plenária do Fórum;
2.       Solicitar a audiência publica com o Ministério Público Estadual e Federal;
3.       Divulgação e aprofundamento do tema com as representações da sociedade civil organizada e aos órgãos de controle social;
4.       Meios legais de regularizar a questão dos recursos humanos do HUAC independentemente da adesão do EBSERH;
5.       Buscar meios jurídicos para viabilizar a regularização dos recursos humanos do HUAC;
6.       Organizar um fórum nacional dos HUs para debater a EBSERH

Dessa forma, será redigida a “A Carta de Campina Grande” em que a cidade mostra seu posicionamento contrário à adesão dessa empresa.
O DAFB na ocasião selecionou alguns artigos com visão contrária a EBSERH para entregar aos participantes, que está disponibilizado no link: https://docs.google.com/file/d/0Bx9k1ccDZpTvSTVQNVAxd0IwYjQ/edit
Agora convidamos todos a continuação dessa luta contra a EBSERH e por uma saúde pública gratuita, de qualidade e de acesso a todos!

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