sexta-feira, 10 de junho de 2011

Presença de "Lolitas"

"Lolita” é uma das obras mais polêmicas da literatura contemporânea universal que trouxe para a realidade mundial o conceito de ninfeta, estereótipo de menina adolescente sexualmente hiperdesenvolvida e sedutora, e que passou para o cinema, pela primeira vez, em 1962, mas foi regravado em 1997. O filme “Lolita” conta a história de uma menina de 12 anos que seduz sem ter consciência disso, e passa a ter um relacionamento amoroso com um homem bem mais velho. É importante perceber que o filme não está longe da realidade brasileira. É interessante ter em mente que os adolescentes de hoje ficam muito susceptíveis a serem “induzidos” a sexualidade juvenil. Afinal, é muito comum em revistas na atualidade a ninfeta com rosto de criança e curvas volumosas que posa de modo provocativo em capas de revistas. A sexualização de garotas para fins comerciais na mídia tornou-se algo banal. Essa realidade se assemelha com a atmosfera de "Lolita" que sonhava em um dia ser atriz, famosa, que tinha uma inocência e que aos poucos foi despertada para curiosidade incomum na sua idade. Pode- se dizer que a realidade mudou muito, os valores da sociedade se inverteram e se confundiram, criando margem para sexualização de crianças cada vez mais cedo. Uma pergunta pertinente é: como se aceita uma mídia tão indutora de sexualidade e se acha um absurdo gravidez na pré-adolescência? Não é uma defesa a gravidez entre pessoas cada vez mais jovens, mas não seria um absurdo a passividade com que é encarada a indução da mídia hoje? Por isso, refletir e conhecer a realidade atual, tão bem retratada nesse filme, é importante. “Lolita” é uma película que tem muito a oferecer para a formação de um cidadão da sociedade brasileira.
NASCIMENTO, L. C.
Para os amantes do cinema moderno:
Lolita (1997)
Para os amantes do cinema clássico:
Lolita (1962)
Para quem está com dúvidas:

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