segunda-feira, 28 de março de 2011

DAFB informa sobre problemas de ensino no Básico

Recentemente, tem sido discutido nas RODAs do DAFB as queixas feitas pelos alunos do básico com relação ao seu aprendizado. Os discentes reclamam principalmente de como os novos componentes curriculares são aplicados e da falta do cumprimento de um calendário acadêmico prévio. 

Não deixe de ler a nota informativa abaixo.



NOTA DE INFORMAÇÃO

À COMUNIDADE ACADÊMICA DA UFCG-CG,
À GRADUÇÃO DE MEDICINA DA UFCG-CG,

Diante das muitas queixas realizadas pelos alunos em relação à estrutura modular adotada pelo curso de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande, campus Campina Grande, o Diretório Acadêmico Francisco Brasileiro vem demonstrar a sua preocupação com esta problemática enfrentada pelos discentes.
A classe estudantil de medicina da UFCG-CG sente que o sistema de módulo adotado recentemente foi um ganho muito grande para esta Escola Médica, pois adéqua o curso de Medicina da Instituição às necessidades curriculares atuais e diretrizes do MEC.
Porém, acreditamos que o modo de organização das disciplinas é falho, pois o aprendizado pelo aluno não atende às expectativas habituais do processo ensino-apredizagem. Dentre muitos problemas, aquele que é mais relatado pelos alunos é a extrema condensação de conteúdos, devido à maneira como os componentes curriculares são aplicados, fazendo com que um extenso conteúdo seja ministrado em pouco tempo. Assim, não há um intervalo de tempo hábil para uma exposição cadenciada em sala de aula e, principalmente, para a compreensão e conseqüente fixação do conteúdo pelo aluno.
Outro fator muito lembrado é a falta de correspondência entre os horários oficialmente programados e aqueles verificados no dia-a-dia. Isso prejudica significativamente a vida acadêmica do discente. Este, sem saber previamente o horário ou dia das aulas, acaba sem ter como organizar o seu próprio horário de estudo, o qual é de significativa importância para a absorção do conteúdo e adequada construção de sua carreira acadêmica.
Problemas como os citados, rapidamente expostos, nos levam a refletir sobre a qualidade do ensino usufruído por nós. O que é fundamental e mais importante em nossa formação: notas altas ou a adequada retenção do conhecimento médico que a Universidade nos propõe? Assim, pensando em longo prazo, nós nos questionamos que tipo de profissionais seremos e que tipo de profissionais esta Escola quer formar: profissionais com um conhecimento generalista, sólido e embasado, ou profissionais com diplomas fundamentados em conhecimentos superficiais, suficientes apenas para a realização de uma prova?
Logo, sentimos que é de extrema importância o debate sobre esse tema entre docentes e discentes. Tudo isso com a finalidade de melhorarmos a formação básica do acadêmico e,  consequentemente, elevar o aproveitamento no “ciclo profissional”, resultando, assim, em um crescimento da Escola como um todo. Afinal, todos nós iremos levar o nome da Medicina UFCG-CG por toda a vida.

Diretório Acadêmico Francisco Brasileiro
Campina Grande / PB, 28 de março de 2011.


Nenhum comentário:

Postar um comentário